Sem Ezio Auditore, a série Assassins Creed enfrenta uma encruzilhada. De agora em diante, ou a Ubisoft aposta em explorar Desmond e suas habilidades como assassino em um cenário contemporâneo, ou tenta mergulhar na história de mais outro de seus antepassados. Confira agora o que podemos esperar de Assassins Creed 3 nesta nova empreitada no continente americano.
Não tem como esperar jogar o mesmo jogo de Assassins Creed 2. No fim das contas, não é de se estranhar que a Ubisoft tenha decidido por migrar para fora da Europa da Idade das Trevas. Afinal, a trama de âmbito mundial e os cenários fielmente recriados através de registros históricos factuais são o grande chamariz da série.
Estados Unidos durante a Revolução Americana, na última metade século XVIII. É uma ambientação completamente inédita para a franquia, mas se você pensa que a mudança para o Novo Mundo é apenas visual, não seja tão apressado.Então aqui estamos: a Ubisoft revelou que o terceiro episódio da série se passará nos
Ao abandonar as espaçosas galerias, as ornamentadas colunas e os imponentes pés-direitos tradicionais da arquitetura europeia, a Ubisoft está botando em xeque aquilo que faz a jogabilidade tradicional da série ser o que é: a emoção de escalar e saltar por enormes construções e atravessar com um salto o caminho relegado aos pedestres. Viver a vida de um assassino que passa boa parte de seu cronograma diário a metros de altura do chão não vai ser exatamente a mesma coisa aqui.
Ambientação
Estamos falando da América Colonial e de uma época que os livros de história relegaram a velhas gravuras de soldados em clareiras e tendas ao ar livre. Mesmo Nova York e Boston, as duas cidades que o jogador visitará no game, não passavam de centros coloniais, muito menores horizontalmente e verticalmente se comparadas as já centenárias cidades de Florença e Constantinopla. Se não há muitos minaretes ou catedrais a se escalar nos centros urbanos da América pré-Independência, por outro lado esta é a primeira vez que um Assassins Creed se passa em um lugar cercado por floresta. Então nada de parkour urbano: árvores serão suas companheiras na hora de assassinar seus alvos.
As imagens liberadas até agora parecem explorar esta nova dinâmica. Connor, o moicano protagonista do jogo, aparece espreitando pequenos batalhões por detrás de árvores, e o trailer mostra que o assassino será capaz de saltar de um galho para outro de maneira fluída e livre. Com isso, é possível esperar um sistema de escalada muito mais orgânico, imprevisível e aberto a experimentação. Como boa parte do conflito da Revolução se deu ao ar livre, as oportunidades são quase infinitas.
Personagem
Se você tem prestado atenção na série – principalmente na saga de Ezio –, já percebeu que aUbisoft adora trabalhar com símbolos. Pequenas coisas como os códigos de computador que aparecem ao redor de todo ponto de interesse no jogo, os estranhos diagramas escritos pelo misterioso Subject 16 e a própria Animus sem dúvida ajudam a dar um clima de mistério digno de Lost, mas há muitos elementos que costumam ser pouco discutidos pelos fãs: o principal deles é como Ezio e Altair são geralmente representados como aves. Ambos têm habilidades como “Eagle Vision” ("Olhos de Águia"), seus gorros aparentam o formato de um bico, seus saltos são acompanhados pelo canto de uma águia, pombos-correio são usados sem parcimônia e Ezio até tem como objetivo secundário caçar penas de pássaro pelo cenário.
Nada disso, claro, tem qualquer coisa a ver com a trama central. Remeter os personagens a animais aéreos é apenas uma maneira – muito elegante, vale dizer – de manter uma coerência temática entre o visual, a narrativa e a jogabilidade. Em resumo, é um jeito de fortalecer para o jogador a ideia de que seu personagem pode e deve se aproveitar de telhados, torres e qualquer oportunidade de ataque aéreo para se dar bem no game sem precisar abusar de mensagens e pop-ups. E não é apenas um jeito de facilitar para jogadores novatos: os hábitos de caça de uma ave de rapina compõem quase que completamente o esqueleto da jogabilidade da série.
O protagonista Connor não podia ser mais diferente. A própria Ubisoft comentou em matéria para a Game Informer que as ações dos personagens são baseadas em animais como o lobo. Em geral, isso pode significar que o personagem vai adotar táticas mais solitárias (nada de companheiros assassinos desta vez), mais focadas em combate direto e bem mais dependentes de intimidação do que discrição. Armas de fogo, arcos e um machado de mão tipicamente indígena aparentam ser as ferramentas da vez nas poucas imagens divulgadas para o jogo.
Deixando as especulações de lado, a Ubisoft deixou claro que irá retrabalhar consideravelmente o sistema de batalhas do jogo, então podemos esperar um combate bem diferente dos festivais de contra-ataques dos games anteriores.
E vocês? Ansiosos com o game? Fale sobre suas expectativas e teorias nos comentários abaixo.
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